quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Depoimento

Depoimento do Diretor Superintendente da Oxiteno – João Benjamim Parolin.

Importância do Ensino de Gestão na Formação dos Profissionais Brasileiros

O crescimento das empresas brasileiras e da competição internacional, ao tempo em que abre inúmeras oportunidades aos jovens no mercado de trabalho, impõe também um desafio adicional na formação destes profissionais. No Brasil, o currículo de boa parte dos cursos de nível técnico e superior tem grande foco em temas técnicos ou específicos da área de especialização. Por outro lado se dá pouca ênfase às matérias relacionadas a gestão de negócios.

O jovem, ao ingressar no mercado de trabalho, freqüentemente se depara com uma realidade muito além das habilidades para as quais foi treinado. Organizações complexas em que as grandes oportunidades e problemas, ademais de questões meramente técnicas, dependem essencialmente da interação entre pessoas e grupos internos. As habilidades e atitudes destas mesmas pessoas somam-se de forma a melhorar ou comprometer o desempenho do negócio. Não raro, trata-se de grupos multiculturais, com padrões de comportamento e valores diferentes, o que aumenta o desafio do entendimento, alinhamento dos interesses e produção do resultado.

Creio que o resultado de qualquer empresa depende, em última instância das pessoas. Costumo dizer que, uma organização com muitas limitações e gente brilhante, ao longo do tempo, “conserta a si mesma”. Inversamente, uma organização com sistemas de trabalho e equipamentos de última geração, mas com um time fraco e desmotivado está fadada ao fracasso.

Esta crença de que as pessoas fazem a diferença nas organizações deve servir de alerta para as empresas e instituições de ensino. Não se faz uma empresa ou um país forte sem gente altamente preparada e formada e, além disto, com atitude adequada. Um ponto essencial da formação de nossos profissionais é a gestão de negócios e pessoas, faces de uma mesma moeda. O profissional com formação estritamente técnica tende a ter mais dificuldade neste mundo complexo em que os resultados são produzidos de forma integrada e interdependente.